A coqueluche, popularmente conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo bacilo Bordetella pertussis, que compromete principalmente o aparelho respiratório. A doença ocorre de forma endêmica, atingindo uma região ou população específica, mas também pode se apresentar na forma de surtos em qualquer época do ano. Ela pode ocasionar complicações pulmonares, neurológicas, hemorrágicas e desidratação, principalmente em crianças e idosos e, em casos mais graves, a morte. A detecção da doença deve ser obrigatoriamente notificada ao Ministério da Saúde.

Os órgãos de saúde alertam que a doença pode ser contraída por pessoas de qualquer idade, mas são as crianças as mais vulneráveis, principalmente as menores de um ano. Os menores de seis meses são os que possuem maior risco de morte em caso de infecção. 

O contágio se dá pelo contato direto com a pessoa infectada ou por gotículas eliminadas pelo doente ao tossir, espirrar ou falar. Os sintomas mais comuns são tosse seca e contínua por mais de duas semanas, vômito e falta de ar. Diferentemente de outras doenças que atingem mais as crianças, como sarampo e catapora, pessoas que já tiveram a coqueluche podem ser infectadas novamente. 

A imunização é feita com a vacina tetravalente/pentavalente e faz parte do calendário oficial de vacinação do Ministério da Saúde. Neste ano a distribuição das doses no mês de agosto, atingindo cerca de 95% da população estadual. 

A Vigilância Epidemiológica adverte que a vacina deve ser ministrada às crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade, com doses de reforço aos 15 meses e aos 5 anos. A série de vacinas só fica completa após a terceira dose, quando oferece em torno de 80% de imunidade ao bacilo. 

O governo federal estuda oferecer a vacina também ao público adulto na rede pública de saúde, que atualmente tem acesso ao produto apenas por meio de clínicas médicas particulares.

Fonte: Alesc